De isabel a 25 de Fevereiro de 2009 às 16:41
"deito fora as imagens e começo a conhecer a realidade"


entrego à noite as grandes e sonoras palavras.
não penso em nenhuma sonoridade,
e sei do vento triste dos teus olhos
que em silêncio espera
que o amor lhes devolva a casa.

depois,
não choro.
finjo fechar a janela,
para dar as boas noites no meio da cama,
e faltam-me pedaços de versos para colar no poema
com a sede da boca de quem os espera.

lembro-me, a seguir, de raul de carvalho
no poema mesa da solidão.

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