9.5.09


 


Reflectido na margem de um riacho é possível ver o céu…

Enquanto as nuvens se movem para Oeste, o riacho corre para Este; conseguimos assistir a um desencontro harmonioso.

 

Fechemos um olho, espreitamos para dentro de um tubo redondo e conseguimos ver o deformar e formar de formas de todas as cores: quadrados verdes dentro de triângulos azuis, hexágonos que contornam uma circunferência vermelha a qual, de repente, se transforma numa pinta rosa e assistimos a uma impossibilidade colorida.

 

Fitando um espelho procuramos o lado direito de um rosto e afagamos o lado esquerdo de uma imagem reflectida num pedaço de vidro, e verificamos que com facilidade se troca o evidente.

 

O que não deveria acontecer… acontece, o impossível torna-se no possível e a facilidade numa constante.

As experiências de vida vão-se sucedendo e formando vivências que fazem parte de um percurso que se iniciou com o primeiro berro, mas que apenas ganham consistência no momento em que é possível armazená-las em forma de memória.

A vida flui como a água de uma nascente, seguindo um sentido, mas os sonhos e os desejos não se prevêem e podem, muitas vezes, percorrer o sentido inverso e acontece o que não deveria acontecer, viver uma vida que não faz sentido.

 

A vontade apenas existe, sem haver regras ou normas para a definir. A vontade faz com que se cometam actos irreflectidos e o impossível tornar-se o possível.

Não! Sim! O que parece mais fácil é evitar o confronto com aquilo com que não se concorda, com o que não se planeia, com o que não se enquadra…

Mesmo que aconteça o que não deveria acontecer, quando nos vemos a viver uma possibilidade que sempre foi impossível, deveremos ter a coragem de esquecer a facilidade e escolher apenas o queremos.

Mesmo que essa escolha se traduza num adeus permanente e num afastamento definitivo.

 

Susana Cabral

 

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Link deste ArtigoPor Mil Razões..., às 17:31  Comentar

De Susana Cabral a 16 de Maio de 2009 às 23:07
Na minha opinião as nossas escolhas devem ter como principal fonte as nossas vontades, concretizar os nossos desejos. Se para isso implicar ficar rotulado de "ovelha negra" paciência sempre e' melhor do que viver arrependido e com pena de não termos vivido de forma a atingirmos o sentido da vida

De Susana Cabral a 16 de Maio de 2009 às 23:02
Sejam quais foram as escolhas que fizermos na vida, para mim e' sempre importante assumirmos as responsabilidades dos nossos actor, tendo sido estas escolhas erradas ou correctas.
Concordo quando diz que o deveremos fazer de cabeça erguida e nem sempre isso poderá significar começar de novo. Mas se a mudança for a resposta teremos então , como diz ter coragem e seguir em frente.

De Filipa Rocha a 15 de Maio de 2009 às 15:03
Se pensarmos que a vida é feita para a vivermos o melhor possível, é uma grande verdade que não devemos lutar contra a vontade, nem devemos fazer o "politicamente correcto" se não é isso que nos faz feliz! E se o que nos apetece é mesmo "partir a loiça" então venham os cacos!!!

De Jac a 9 de Maio de 2009 às 20:13
As escolhas que fazemos e as atitudes a elas inerentes são aquilo que forma a nossa história de vida... depois de concretizadas não há forma de voltar atrás. Por essa mesma razão se torna difícil escolher, porque aquilo que queremos nem sempre é o que os outros estão à espera ou o moralmente aceitável e perante tal panorama ou acabamos por ser ovelhinha negra" ou por viver uma vida que não queremos. Este é, sem dúvida, um tema com panos para manga...

De Liliana Magalhaes a 9 de Maio de 2009 às 18:48
Acho que a vida é feita de escolhas, às vezes para o bem, outras para o mal. Quando erramos no caminho a seguir, ou no que reside os nossos sonhos e aspirações, devemos tentar começar de novo, de cabeça erguida. É certo que por vezes implica quebrarmos as nossas rotinas e derrubar as barreiras com que nos deparamos no dia a dia, mas para vivermos em pleno sentido devemos ter a coragem da mudança.

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