De Susana Cabral a 23 de Agosto de 2009 às 22:10
As opiniões, os pareceres, como muita coisa na vida, são subjectivos e carregados de emoções, experiencias que cada um teve a oportunidade de viver ou ver viver.
O mundo independentemente da forma que tem para uns é indubitavelmente redondo e para outros parece mais quadrado, dai que para mim haverá sempre várias formas de ver a mesma coisa.
Quando pela primeira vez vi estas imagens, sobre a força de ser pai e o exemplo que é este pai, seguido pelos diversos comentários a reforçar essa ideia, parei e encolhi os ombros.
É de facto um pai exemplar e cheio de força, mas para mim, não é por ter percorrido km a correr, a nadar ou de bicicleta. É por ter assumido a realização e concretização, em conjunto com o seu filho de um sonho, não deveria estar em evidencia as limitações físicas do seu filho mas sim o facto de estarem lado a lado, do pai estar disposto a ajuda-lo a alcançar um sonho. Por ser um pai que se esforça por chegar, juntamente com o seu filho a uma meta que ambos se propuseram a alcançar juntos.
Eu pergunto, não é um que um bom pai faz?independentemente das limitações ou deficiências de um filho? Ser pai não será percorrer km em diversas situações para ajudar aquele que carregada o seu ADN chegar e concretizar os seus desejos? Nem que para isso signifique trabalhar por exemplo 20 horas diárias , para conseguir dar a oportunidade a filho, que pode não ter limitações físicas mas outras que, o impossibilitam de acompanhar de uma forma justa e com as condições mínimas de forma a garantir (não digo ganhar) mas apenas entrar numa competição, por exemplo da própria vida?
Pergunto-me se para um pai existe de facto um filho normal? Pergunto se para um pai não existe apenas um filho que necessita de mais cuidados e de um futuro planeado , ai sim, de uma forma diferente?
Um pai que ame verdadeiramente o seu filho não irá fazer de tudo para que este se sinta feliz, para que este se sinta amado? Um pai não se preocupará, inevitavelmente com o futuro dos seus filhos? Um pai que ama um filho, independentemente das condições, não dará sempre a vida por ele?
De facto para mim é muito complicado estas situações e devemos enaltecer não só aqueles pais que cuidam e criam os seus filhos deficientes mas qualquer pai que cria um filho para que este cresça e se torne um ser humano com valores e princípios , que se sinta amado para que depois possa vir amar. E quem sabe ser pai de um filho, que necessite de cuidados especiais, e ter já dentro de si o que é preciso para que ele seja também um bom pai.
De Cidália Carvalho a 22 de Agosto de 2009 às 16:59
Ántónio Antunes,
Como é que se previne uma situação destas?
Não sei as razões nem o momento que marcou a diferença nesta criança, vamos por a hipotese de que tudo estava bem até à hora do parto. Este, por qualquer razão não correu como previsto, o bébé esteve mais do que o tempo razoável sem oxigénio e o resultado foi este. Não sei se foi isso que aconteceu repito, mas é um cenário possível. Outro cenário possível é a criança ter tido um acidente que o diminuiu.
Pergunto, como é possível prevenir casos destes? Eliminando-os?
E como poderemos culpar um pai por esta situação?
Não percebo porque havemos de explicar o comportamento do pai como uma reacção de culpa. Claro que se a criança, fosse uma criança normal (para usar a sua expressão), o pai não precisava de fazer isto por ela, ela mesma o faria.
Ser deficiente é isso mesmo é precisar mais do que os outros.
Fique bem e obrigado por reflectir connosco sobre este assunto!
De Antonio antunes a 20 de Agosto de 2009 às 23:06
A questão é que ser pai é mais que o que este homem está a fazer, ser pai, no meu humilde ponto de vista, é saber prevenir tal situação, e já há muitos anos que isso é possível Para além disso pergunto será que se o filho fosse uma criança saudável isto se passava?ou é um sentimento de culpa?
Eu sou pai para que fique claro
De Cidália Carvalho a 20 de Agosto de 2009 às 18:25
António Antunes,
O que este exemplo de vida pretende demonstrar não é o ser bonito (para usar a sua expressão) ou feio.
A leitura que eu fiz deste exemplo de vida, no caso o do pai, é que é uma vida de amor ao filho, de inteligência por manifesta adaptação a uma situação nada favorável e de coragem por aceitar o desafio de uma vida tão dificil.
Concerteza que nem todos seríamos capazes de aceitar da mesma forma um filho tão diferente, não temos que julgar ninguém por isso, mas este homem foi, da minha parte tem toda a minha admiração.
E quando ele morrer o que vai ser do filho?
Se esta pergunta nos angústia imagine o efeito que terá naquele pai pois de certeza que já se questionou muitas vezes relativamente a isso!!!.
Eu espero que os 25% que o Estado me retira do ordenado para impostos sirvam para arranjar redes de apoio a estas situações....
Fique bem e continue a debater connosco este e outros assuntos!
De Antonio antunes a 19 de Agosto de 2009 às 23:13
e depois? e quando nao houver o pai? ja pensaram no tão bonito que é?
A isto, peço desculpa, chamo egoismo
Isto não é ser pai
Desculpem-me isto arrasa-me
Desculpem-me
De Antonio antunes a 19 de Agosto de 2009 às 23:09
Peço desculpa e não quero ser mal interpretado Mas ser pai é muito para além disto
é saber prevenir............
É tão extraordinariamente comovente e admirável!
De Cidália Carvalho a 15 de Julho de 2009 às 21:00
A. Queiroz,
Quando PAIS de filhos deficientes encaram a diferença sem dramas, com esperança, pese embora a angústia e a incerteza do futuro do seu filho, cada dia que passa, só por si, já é um exemplo fantástico.
Obrigado pelo seu comentário e volte sempre.
Fique bem!
De A . Queiroz a 15 de Julho de 2009 às 00:48
A pesar de todos os comentários já lidos, não posso deixar de saudar o PAI que o filme nos mostra. O esforço fabuloso a que se submeteu, "apenas" e só para dar satisfação ao Filho !
Exemplo fantástico para todos, especialmente para os que não sabem o que é ter um Filho deficiente !
De Augusto Küttner de Magalhães a 13 de Julho de 2009 às 22:48
Totalmente de acordo!
Estas situações dão força ao tal sentimento de saber ser Pai, no caso concreto.
Cada vez mais “acho” que só se deve ser pai ou mãe quando assumidamente se pretende ser! Claro que há azares, que se reslovem ou não..........................!!!!!!!!!!??????????
Não por acaso! Não por ser usual casar/juntar, ter filhos, para dar cumprimento ao dever de procriação!!! Não!!!!
Os miúdos não são brinquedos, são a “nossa “ continuidade se assumidamente o pretendermos, e se assim o fizermos, “assumidamente”
E a partir daí, os direitos e os deveres, escorrem, aparecem.