4.12.08

 


 



Comemorou-se ontem o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, e numa rápida pesquisa encontrei o seguinte texto sobre o tema:


 


"O dia internacional das pessoas com deficiência é uma data comemorativa internacional promovida pelas Nações Unidas desde 1998, com o objectivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes à deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem estar das pessoas. Procura também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspecto da vida política, social, económica e cultural."


 


E se é verdade que vejo cada vez mais os lugares de estacionamento para deficientes, nos centros comercias, a serem respeitados pelo comum dos cidadãos, questiono-me se realmente cada um de nós, individualmente ou como membro activo da sociedade, temos feito o devido esforço no sentido de que o texto acima transcrito não seja apenas um conjunto de palavras bonitas, sem qualquer tipo de significado prático?


 


Eu acho que sou um nacionalista convicto, não digo apenas com orgulho que sou Português quando a selecção ganha no futebol. E por ser nacionalista gosto muito do meu país e tenho muito orgulho nele, o que não me impede de ver os seus (meus) defeitos e apontá-los com o intuito de contribuir para um país cada vez melhor e, acredito, que essa melhoria passa também, sem dúvida, por uma melhor integração de todos os seus cidadãos, tenham ou não algum tipo de deficiência associada.


 


Alexandre Teixeira


 

Link deste ArtigoPor Mil Razões..., às 14:13  Ver comentários (1) Comentar


 


Apesar do tema ser idêntico ao do Bowlby, não é meu intuito vir aqui discorrer sobre psicanálise, nem tão pouco abordar o luto e a perda permanentes, derivados da morte de um ente querido, pelo menos não neste momento.


 


O luto e a perda que me traz aqui hoje, refere-se ao provocado pelas pessoas que em determinado momento se atravessam na nossa vida e que depois, por um ou outro motivo, tão depressa como entraram na nossa vida, saem. É indubitável que esta passagem e este contacto nos enriquece, nos traz alegrias, por vezes tristezas partilhadas e memórias de tempo "gasto" a conhecermo-nos. No entanto, quando termina, não conseguimos deixar de nos sentir egoístas. Egoístas, no sentido de ficarmos tristes por deixarmos de estar com essas pessoas, apesar de, racionalmente, sabermos que a nossa perda ocorre, não por nossa causa, mas por motivos de força maior que, em muitos casos, resulta em situações melhores e mais satisfatórias para as pessoas que "perdemos".


 


É por causa desse misto de emoções que muitas vezes desejamos boa sorte e as maiores felicidades, quando, na realidade, pensamos "não vás, fica aqui comigo", apesar de sabermos que não é o melhor para a pessoa que agora parte. E lá ficamos nós entregues a nós próprios, obrigados a fazer um luto sem querermos, a uma perda que não sendo definitiva, não deixa de nos magoar e de nos deixar tristes.


 


Acresce a este sofrimento um outro, provocado pela sociedade de consumo imediato, que não nos dá tempo para fazermos o luto ao nosso ritmo e que quase nos obriga a "esquecer" e substituir esta amizade, com a mesma rapidez e simplicidade com que se estrela um ovo.


 


Pode ser de mim, mas questiono-me se esta rapidez toda e esta rotatividade forçada de amizades, será saudável. Não deveriamos ter mais tempo para fazermos o nosso luto tranquilamente e sem pressões...?


 


Alexandre Teixeira


 

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