Existem variadas situações em que dizemos que isto, ou aquilo, é uma droga, isto é, algo que não presta!
Atribuem-se-lhes nomes que tais produtos não merecem, tal como Heroína. Sem se dar conta, ao fraquejar perante ela, fica-se prostrado, abaixo do mais baixo que existe, capaz que ela é de fazer sucumbir qualquer ser existente no nosso planeta.
O início, com as chamadas drogas “leves”, é algo inocente e inebriante. Talvez como tentativa de afirmação perante os amigos ou conhecidos, talvez querendo sentir-se destemido ou ousado, surge a atracção pela adrenalina do desconhecido, do perigo, e inicia-se uma viagem dolorosamente terrível, por vezes só com bilhete de ida. A entrada é fácil e doce, em algo que transporta a mente, e por consequência o corpo, para lá do imaginável. As nuvens que parecem flutuar, transformam-se sempre em pântanos de areias movediças. Sem se dar conta, uma verdadeira e sã vida estão cada vez mais afastadas. Sem dar por isso, o corpo e a mente vão ficando dependentes, mas fazendo a leitura de que tudo é normal. Após enraizar-se é muito difícil de eliminar.
Mas esses demónios criados pela natureza e transformados pelo Homem para a sua auto-destruição, também podem ser combatidos por algo superior a tudo e a todos - a força de vontade.
Abílio Janeiro