Encruzilhadas na vida ou encruzilhadas da vida? Haverá diferença? Será meramente uma questão de abordagem do vivente? Às vezes distraímo-nos na ilusão do que parece certo, outras vezes somos apanhados pela benesse que a vida traz com a encruzilhada. O que fazer é uma dúvida, muitas vezes existencial, mas também revela uma intenção de agir, demonstra uma vontade de resolução, só não aponta o caminho. Filosofar sobre as questões existenciais é indispensável, mas quando surge a encruzilhada, o que fazer?
A vida é altamente interessante e alicia-nos a extrapolar a nossa própria realidade confinada no universo individualíssimo de nossas ideias.
A encruzilhada é desafio, é aprendizagem, é superação, é reconciliação. É também um chamamento para nos ligarmos a outros.
Mas a encruzilhada pode ser, igualmente, aviso, fracasso, derrota, perda.
Usemos a bússola amorosa, para nos guiarmos até às respostas mais autênticas, significativas, ampliadoras. Acabemos com o medo da indefinição, da incerteza, do desconhecido, da evolução.
Abracemos a inovação, a mudança, o diferencial.
Podemos viver a equação tautológica das experiências já vividas, ad nauseam, sem parar. Mas pronunciar a essência de quem somos, amplificadamente, com a ousadia da ação, para quem nos quiser ouvir, revela, a princípio, e bem lá no fim, a inteligência da paciência madura.
Marta Silva (articulista convidada)