Foto: Peach - Wokandapix
Dou aquilo que me faz mais falta.
Porque, quando dou, não fico mais pobre.
E o vazio que existe não se torna maior. De certa forma, até se preenche um pouco.
Porque, ao dar, recebo sempre algo em troca: a satisfação de dar e ver o efeito dessa dádiva em quem a recebe é impagável e insubstituível.
Porém também sinto… uma certa… inveja. Porque também eu queria receber aquilo que dou. E não é que eu esteja a cobrar nada a quem dou, mas... fico à espera.
E espero. E ainda bem que tenho o que fazer para me ocupar enquanto espero, de outra forma, desesperava.
Mas, inevitavelmente, às vezes desespero. Cada vez menos, no entanto.
E dou por mim a pensar: “Serei egoísta ou, efetivamente, o dar e o receber deveriam andar de braço dado, num fluxo equilibrado entre emissor e recetor?”.
Filosofias.
Sandrapep