Foto: Blindfolded - Anemone123
Quando olhei para ti... e me perdi. Quando olhei para ti e me perdi não foi pelas melhores razões. Quando o meu sorriso desvaneceu. Quando deixei de existir, deixei de acreditar na minha essência. Perdi-a no comodismo. Perdi-a por ti. Para ti. Sem saber, sem sequer me aperceber.
Fechei os olhos a novas oportunidades quando tantos me alertavam para ser feliz. Eu achava que o era, erradamente. Muito erradamente. Cega, fechada num mundo infeliz. Até tu teres o desplante de teres aberto os olhos para uma nova oportunidade. Para algo que dizias ser bom para ti. Mas não admitiste! Mentiste. Com todas as palavras. Com todos os dentes. Mentiste-me. Iludiste-me. Com palavras vazias, gestos vazios. Que eu quase acreditei. Quase!...
Felizmente consegui superar, consegui não olhar mais para ti, consegui virar a cara. Não acreditar nas tuas palavras feitas e gestos ensaiados. Foste um bom ator nesse teu palco falso. Mas não triunfaste. Lamento dizer-to. Mas não foste sucedido. A força trouxe-me ao de cima. Voltei a sorrir, voltei a viver, a sentir-me viva. Sentir que existe algo que nunca vivi, pois nunca me dei a oportunidade de o fazer. Porque estava numa concha só tua. Perdida. Iludida com a infelicidade.
Renasci. A vida é cheia de sonhos, que perdemos pelo medo de não arriscar. Pelo medo de fugir do comodismo. Basta ter coragem, ter força. Não ter medo de ser feliz.
Inês Ramos