Foto: Holding-hands - Benjamin Balazs
“Fazer bem sem olhar a quem”, sem nada esperar em troca, qual aforismo popular ou máxima que não deve significar apenas um simples ato de caridade, mas antes, e muito mais do que isso, a expressão de sentir o prazer de praticar a solidariedade. O prazer de fazer o bem é, ou deve ser, – convenhamos – maior que o de recebê-lo. Necessário se torna, por isso, procurar sentir o que os outros do mesmo modo sentem quando lhes falta algo de importante na vida.
Na prática do dia a dia, fazer o bem deve constituir algo capaz de transformar e melhorar o meio e as pessoas que nos rodeiam. É maravilhoso saber cumprir de forma consciente e despretensiosa o que traz realização e felicidade ao próximo, exercendo a pedagogia de uma boa ação, imbuída esta de uma nobre missão de apologia ao amor. Quando nos colocamos no lugar do outro e tentamos confortá-lo e amenizar o seu sofrimento, isso cria empatia e tolerância, desperta a vontade de ajudar e de agir segundo princípios morais em que se destaca a importância da solidariedade, sentimento tão caro e relevante nas ações sociais.
Nesta vida, ninguém avança sozinho, precisamos uns dos outros, se possível, de “mãos dadas” para um mundo mais fraterno e solidário. Pequenos gestos, como um sorriso nos lábios, um olhar de esperança, uma troca de mimos e de carinho, de amizade e de respeito, bem como a indispensável compreensão para com o nosso semelhante, poderão ajudar muito e contribuir para um viver melhor com menos sofrimento. A isto chamamos solidariedade!
José Azevedo