Foto: Arm-wrestling - Mnanni
Nada é linear. Aquilo que é hoje pode deixar de ser amanhã. Cada um tem a sua perspetiva de positivo e negativo assim como a forma como cada coisa influencia a nossa vida. Gosto de clichés e repito-me.
Sou pessimista por natureza, acredito que seja uma caraterística que veio com a herança genética. Apurou com a vida. Talvez seja por isso que sinto que o negativo tem um maior peso, no geral, que o positivo.
Aceitamos aquilo que temos e esquecemo-nos de agradecer, esquecemo-nos de valorizar, esquecemo-nos até de nos lembrar.
Ser otimista é meio caminho andado. Simples.
Um sorriso no meio de muitos é notado, apreciado e talvez até retribuído. Uma palavra desagradável é sentida como um ataque, mexe connosco e, possivelmente, deixa-nos a remoer.
Um elogio é apreciado, enche-nos de alegria e orgulho por um período, talvez demasiado curto. Uma crítica, por muito positiva que seja, desconforta, leva-nos a refletir. Pensamos mais sobre o assunto.
Recebemos um bónus e a alegria é imensa. Junta-se a euforia e crescem planos e sonhos. Aparece uma despesa extra e é o caos. Choramos aquele dinheiro com sentimento. Pesa-nos.
O negativo corrói-nos, aprisiona-nos, coloca-se sobre nós e empurra-nos para o fundo. Sou pessimista.
Vem o otimista e discorda disto tudo. Eu própria consigo discordar e ficar confusa.
A força de uma paixão move mundos, é indiscutível. E não me apetece recorrer a outros exemplos para traduzir a imensidão dessa força positiva.
Tenhamos força suficiente para o braço de ferro entre ambas, essa que nunca nos falte.
Marisa Fernandes